Volto já... trarei surpresas e saudades...


A necessidade de pausa é algo que sempre devemos ver e rever na nossa vida.
Muitas vezes assumimos trabalhos, compromissos, viagens, passeios e até relacionamentos...tudo fracionado, contado no relógio.
Como se o tempo sempre fosse mais importante que a qualidade dele.

Pausa pra pensar...

Normalmente, as festas de fim de ano suscitam essas reflexões...
Fazemos uma faxina de natal ou ano novo em nossos pensamentos, sentimentos e planos, crendo que o próximo ano pode nos trazer a tão sonhada felicidade...

Pausa na escrita...

Felicidade é o que temos enquanto se vive... são os pequenos momentos e prazeres.
É a lida cotidiana conosco, com o outro e comigo que permitem uma boa vibração e em consequência, leveza, equilíbrio e quando se vê...plups, você está feliz!
Não precisamos de pausa para ser feliz... precisamos de pausa para avaliar o porque não estamos felizes.

Nesse e noutras questões, eu resolvi escrever sobre isso...
Explicando que o Questões da vida vai mudar...

2017 foi um ano maravilhoso...aqui no blog e fora dele.
Os projetos e livros foram a cereja do bolo...
Conheci novas pessoas, linhas e livros...
Conheci outras faces e lados de mim...

Aprendi que o que escrevo, sei e sinto...é a minha verdade.
E a minha verdade conversa com a verdade de muita gente.

Sendo assim, vamos dar uma pausa...
Preparando o próximo voo...

2018 vem começando com novos projetos, linhas e livros...

O blog Questões da vida será o meu lado escritor, admirador...
Onde eu continuarei fazendo minhas preces internas, compartilhando minhas sementes e palavras.

O blog Questões da vida será o meu lado pensador, neurocientista, consultor, coach e comediante...

O blog Questões da vida será o meu lado poeta, cronista, contista e feliz...

Tanto vocês quanto eu acompanharemos essas evoluções...seja por linha ou imagem...meditação, afirmação ou vídeo.

O blog Questões da vida será o lado bom da vida... parafraseando o livro e filme (ambos tão bons!).

Mas como ele será o meu lado... será O lado Bel da vida...

Muito obrigada por ter feito do blog Questões da vida a realização do meu sonho... aos meus leitores daqui e dos meus livros, gratidão por acolherem minhas palavras.

Que essa pausa não nos distancie... ao contrário, que vocês possam saber que estou trabalhando como na Teoria do Estilingue...

Tomando impulso para um projeto maior... te espero lá...

Gratidão.

Bel



A teoria do estilingue


Gosto de pensar em algumas teorias... Fruto de criatividade ou momentos de aprendizagem com a vida, elas acabam me servindo para o bate papo com amigos.

Em meio a risadas ou não, minhas teorias merecem algum respeito, oras.
E de tanto ouvir isso, eu confesso que acabei acreditando e aqui já escrevi sobre a Teoria da Engrenagem.

Agora uma das minhas favoritas, a Teoria do Estilingue.

Conhece estilingue? Um brinquedo, instrumento e até arma (para caçar pássaros) que era bastante usado pelas crianças das gerações passadas.
Haste bifurcada de madeira e um bom elástico com detalhe em couro para apoiar pedra, metal ou vidro.

O bom estilingue era feito pelo próprio usuário... Que amaciava o elástico para que tivesse um tiro com mais ou menos impulsos.

Numa época em que as crianças da roça caçavam pra comer ou faziam campeonatos de tiros em latas, o estilingue era a sensação.
Pois bem, eu venho postulando e, algumas vezes, confesso que já vivi essa teoria já algum tempo.

Deixe-me compartilhar com você, amigo leitor...

Nossa vida é cíclica e tão cheia de surpresas...
Cenário ideal inexiste... Momento perfeito só o que foi orquestrado pelo Maestro Divino.

Ao invés de esperar, nós já sabemos que precisamos criar as oportunidades...
O fato é que isso acontece primeiro, no pensamento e no planejamento e depois, na ação.

Teórico? Parecendo aula de Teoria Geral da Administração? Não...
Permita, então, mais poesia e leveza e menos didática... Risos.

Todos nós passamos por situações inesperadas... Onde precisamos lembrar que temos cintura e fazer aquele jogo pra rebolar, equilibrando os pratos.
Ou ainda, você quer (e precisa!) empreender, sair da mesmice profissional, financeira, amorosa ou familiar...

Por vezes, você precisa se reinventar... Mudar de profissão.
Noutro tempo, nós precisamos fazer escolhas de prioridades profissionais, deixando pra trás trabalho ou empresa que nos entristece ou remunera pouco.

Em outra escolha, nós precisamos reduzir trabalho e finanças para conseguir pagar um curso, investir em carreira de concursos, estudar no exterior ou se dedicar a uma causa/propósito que nos aquece a alma.

Ou, num momento alheio a sua vontade, nós podemos ter perdido o emprego, terminado um relacionamento ou estar às voltas com o luto de alguém, provedor ou não.

Numa ou noutra situação dessas, a gente passa por fases... Negação, desespero, mais negação, sensação de patinar e não resolver nada... Até que, alguns em menor ou maior tempo, se veem imbuídos a tomar uma decisão que parece drástica.

Por precisar de estrutura nos deparamos com a necessidade de ter criá-la muito longe das condições ideais... E como fazer isso?

Logo as ideias vêm e você:
Vende o carro, troca o possante por um de menor valor...
Vende algumas ideias para outros empreendedores...
Aceita trabalho aquém de sua formação...

Volta aos bancos escolares para nova profissão...
Vende um bem familiar, rompe uma sociedade que dava dor de cabeça.
Muda para uma casa menor ou de cidade...

Enfim, toma alguma atitude para ganhar fôlego...
Pois é, sabe esse momento em que você (e sua força interior!) te impulsionam fortemente... Que dificuldades existem, mas está disposto a driblá-las...

Isso mesmo, esse momento chave em que as pessoas (às vezes, até família ou amigos chegados!) acham e até se falam “Nossa, Fulano enlouqueceu!”.

É aí que se aplica a Teoria do Estilingue...

Às vezes somos mal interpretados por decisões difíceis e que parecem desequilíbrio ou que a vida está “andando pra trás”.

Não se engane, é impulso... Para ir um pouco mais longe.

Aproveite o aprendizado disso... Ouse começar e recomeçar.

Com responsabilidade e foco... A teoria vai ser aplicada e conseguiremos chegar ainda mais longe.



Amanhã é outro dia...

Sabe aquele dia em que você quer falar para o Universo “para tudo que eu quero descer”?

Um carrossel de sensações, memórias, crenças e acontecimentos que se repetem e te deixa desnorteado?

Sair de casa no mesmo horário pro mesmo trabalho...
Tentar fazer diferente dentro de um sistema que não quer ser diferente...
Em tudo... Na roda viva da vida mesmo, não apenas nisso ou naquilo.

Você sai pra almoçar... e continua o falatório na sua cabeça enquanto tudo o que se quer é silêncio.

Telefone que toca, gente que reclama, cobra e resmunga...
Você sai do redemoinho e senta no consultório médico...

Pensa que acabou? Que nada... Ele está atrasado e o sistema do convênio caiu...
Você sai da consulta muito tarde e o mundo está desabando em água.
Feito um pintinho molhado, você chega ao estacionamento já está fechando...
O coitado do moço quer te esganar e você paga quase seu peso em ouro.

Chega em casa, ufa... Acabou!
Tenta lanchar e meditar... O que acontece?
Seu vizinho cisma que é guitarrista profissional... Com direito a caixas amplificadoras.

Rindo muito (depois de chorar, é claro!), eu entro no chuveiro e me dou o direito de banho demorado.

Sento e escrevo... Reclamação? Chateação? O Universo e as suas artimanhas?
Não... Nada disso...
Chorei por ser humana mesmo... E me dar à liberdade de vivenciar a emoção da raiva, sem paralisá-la no peito.

Sem comer ou engasgar... Sem negar ou anestesiar...
Sinto... Sinto... E sinto.
Sem culpa, sem vitimização... Olho pra mim e reflito “Sou melhor que isso tudo!”.

Escuto uma música que gosto e respiro profundamente...
Deixo pra meditar quando fizer o ritual pra dormir...
Penso no dia, em mim, no que fiz de bom e naquilo que não foi tão legal...

Gratidão até por esses dias...

Nas 24 horas das ampulhetas humanas que me permitem ver e rever meu ser e estar na vida
Gratidão porque tudo passa... Numa inconstância divina...

Amanhã tudo será melhor...
Amanhã é um novo dia...
Não é o resto de hoje... É simplesmente outro dia.

E assim, eu também não serei a mesma.
Respiro e guardo a essência...
Esperar com confiança... Esperança...

Na esperança que a palavra temperança reserva.




E os filmes sobre Esperança....nossa, ainda bem que são muitos...
Pra nos lembrar dela...e nos alimentar.

Os meus favoritos são:

Marcas do Destino (1985)
Central do Brasil (1998)
Tinha que ser você (2009)
O outro lado do Paraíso (2014)



Existem muitos filmes sobre o tempo e imediatismo, esses são os meus favoritos:
São leves e divertidos... um comédia e outro drama com cara de comédia romântica:


Sim Senhor (2008)
O amor acontece (2009)








Depois que ele foi embora, tudo deixou de ser “pra ontem”

Sempre fui uma pessoa que queria as coisas “pra ontem”.
E era assim em todas as áreas da minha vida...

Se entrava numa sala de aula, logo já queria “dominar” a turma...
Se aprendia uma técnica nova, um novo modelo para documentos de perícia, um novo amigo, um encontro amoroso com alguém...
Se começava a estudar para um concurso, em poucos dias já queria decorar todo conteúdo do certame...

Tudo era pra ser perfeito e rápido.

Andava na companhia do Imediatismo... Que, rei da minha vida real e digital, dava as cartas até que eu chegasse à exaustão.

Chegava em casa a noite, cansada, eu me rendia a devorar comida e as tarefas do dia de amanhã.

E foi numa noite de sexta-feira de 2014 (não me lembro exatamente qual!) que nos encontramos... Eu sentada no sofá, aos goles de cerveja, ele passou para o quarto.
Achei estranho, frio correu pela espinha... Gelei, afinal, morava sozinha.

Figura rápida de rosto e corpo esguio, se apresentou tão rapidamente quanto chegou ou foi embora.
Imediato, meu nome... O seu, eu já sei, você trabalha pra mim...foi o que ele me disse.

E desapareceu...me deixando na dúvida se era uma aparição fantasmagórica ou era a bendita cevada.

Semanas depois, mesmo cenário, ele reaparece... Trouxe a Ansiedade e o Nervosismo...

Essas foram as primeiras vezes em que me dei conta de que eles existiam na minha vida.

Mas os dois primeiros, Imediato e Nervoso... Esses se despediram primeiro, deixando a bendita amiga ansiosa ainda para trás.
A ela, já contei, eu dei adeus não tem muito tempo...
Mas como me livrei dos dois, você se pergunta?

Ah, foi difícil, mas consegui... O Nervoso foi primeiro...

Eu o deixei num hospital, após uma crise de dor no peito...
Ele me olhou fazendo cara de choro e ameaçou... Eu lhe dei o famoso chá de pouco caso e o abandonei lá.

Imediato ainda me fez companhia por mais um tempo...
Minha necessidade de querer tudo rápido... Vida, trabalho, conquistas materiais...
A rapidez exterior que brigava tanto com meu interior...

Enfim, passou... Imediato foi embora tão rápido que eu nem sei explicar em que dia isso aconteceu.

Só sei que numa sexta-feira mais recente... Eu terminei meu tempo de bicicleta ergométrica, ao som de música animada e orações de gratidão...

Quando dei por mim, eu notei que já não tinha a necessidade de tudo pra ontem.

Agradeci...


Deve ser porque, aos poucos, eu fui entendendo que a vida carece de calma e construção.

Sou grata por ter reconhecido que a beleza do caminho da vida está na troca de cada passo.



Ele, eu e os relatos do cárcere

Aprendendo a ser criança? Hum, entendo...
Um medo doido de bicho papão, de escuro...
Um medo de ficar sozinho, pra dormir, em casa ou na vida?

Crescemos, você deve responder, não sentimos mais essas coisas. E eu respondo: Será mesmo?!
Se é uma lição valiosa que aprendemos é conviver com o medo.
Eu mesmo já me despedi de vários...ah, pronto falei!

Caso você ainda carregue os seus como eu, esse escrito veio em boa hora.
Pesos e culpas não valem... aqui falamos de medos...
Desses que a gente pensa não sentir mas que travam a vida, não deixam nada fluir.

Parece que nada é tão ameaçador do que não sermos nós mesmos...cravamos o pé no que achamos que somos por puro medo.
Medo diverso, difuso, misturado no tudo e no nada...

Falei nada com nada e acabei acertando o seu medo, certo?

Ah, me perdoe...não tento ser invasiva...aqui apenas percamos os medos de dividir, compartilhando estórias das nossas histórias.

E como o espaço cabe todos os medos, eu vou arriscar falar de alguns dos meus...
Eram tantos que não caberiam na crônica..., mas, no fim, somando todos juntos numa só conta era o medo de viver.

Deixa eu contar como era a prisão e depois, o relato da fuga, melhor assim?!
Não sei falar quando começou, só seu que foi assim durante anos... presa numa visão de que o medo me protegia.

Criando cada vez mais filhotes de si, ele me deixava algemada às suas mãos, pernas e pés...me impedindo de caminhar.
Noutro tempo, ele fechava meus olhos, distorcendo minha visão dos fatos, acontecimentos e pessoas.

Esperto que só, o medo tapava meus ouvidos na intenção de que ouvisse apenas as vozes dele e de seus sucessores.
Num dia, a prisão particular ficou sem o carcereiro...
O medo de “ser eu” deixou seu posto por falta de pagamento...

Saiu sem sequer trancar as portas... deixou a luz do dia entrar e eu aproveitando a oportunidade fugi.
Nesse dia, nem assisti ao noticiário para não sentir medo de voltar a ser quem eu não era.

Os dias foram passando, o cotidiano se fazia mais bonito e os medos foram desistindo de mim.
Talvez por terem outros prisioneiros ou reféns, não sei ao certo.
Só sei que a cada dia me faço mais forte...melhor e me sentindo bem em minha própria pele.

Dia desses tive um plano, quer saber?!

Estando bem, eu reunirei mais pessoas como eu... numa boa rebelião de bem.
E qual a missão, você pergunta? Vamos tirar das garras do medo... todos aqueles que querem viver.

E aí, posso contar com você ou não?!